Sinopse(livro): A crise é sempre  culpa do outro. Ninguém quer partilhar a crise. A crise provoca ciúmes.  A crise é um latifúndio improdutivo que ninguém quer dividir. A crise  pode ser uma atração turística, uma marca nacional. Uns países têm o  urso cinzento, como os Estados Unidos, outros, a nouvelle cuisine,  outros as estações de esqui, nós temos o erro permanente, o  destino-pastelão. A crise demanda mais crise, como a heroína. A crise  preenche nossas vidas. A crise é uma minissérie da Globo. Já há um certo  carinho moderno pela crise. O dia em que a crise for embora, o que  faremos? O que será de nós, sem assunto, sem tremor, relegados a tarefas  menores como, digamos… trabalhar? Teremos então um intenso tédio  conjugal pela Pátria.

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