domingo, 31 de julho de 2011

O Corvo e as Girlmore girls


Estava vendo Girlmore Girls , e elas tiveram que assistir uma peça  baseada no poema de Allan Poe . Elas não aguentavam mais ouvir a interpretação e quando chega ao fim é avisado que terá mais uma pessoa interpretando Allan Poe interpretando o poema O Corvo. Claro que se tratando de Girlmore Girls foi engraçado o desespero do não fim da poesia. Então resolvi postar aqui a poesia.No site que retirei isso você pode escutar a poesia sendo declamada. Eu dei play antes de começar a escrever esse texto , estou terminando e ainda não terminou de "tocar".
Texto de RMOL


O Corvo (tradução de Machado de Assis)

Em certo dia, à hora, à hora
Da meia-noite que apavora,
Eu, caindo de sono e exausto de fadiga,
Ao pé de muita lauda antiga,
De uma velha doutrina, agora morta,
Ia pensando, quando ouvi à porta
Do meu quarto um soar devagarinho,
E disse estas palavras tais:
"É alguém que me bate à porta de mansinho;
Há de ser isso e nada mais."

Ah! bem me lembro! bem me lembro!
Era no glacial dezembro;
Cada brasa do lar sobre o chão refletia
A sua última agonia.
Eu, ansioso pelo sol, buscava
Sacar daqueles livros que estudava
Repouso (em vão!) à dor esmagadora
Destas saudades imortais
Pela que ora nos céus anjos chamam Lenora.
E que ninguém chamará mais.

E o rumor triste, vago, brando
Das cortinas ia acordando
Dentro em meu coração um rumor não sabido,
Nunca por ele padecido.
Enfim, por aplacá-lo aqui no peito,
Levantei-me de pronto, e: "Com efeito,
(Disse) é visita amiga e retardada
Que bate a estas horas tais.
É visita que pede à minha porta entrada:
Há de ser isso e nada mais."

Minh'alma então sentiu-se forte;
Não mais vacilo e desta sorte
Falo: "Imploro de vós, — ou senhor ou senhora,
Me desculpeis tanta demora.
Mas como eu, precisando de descanso,
Já cochilava, e tão de manso e manso
Batestes, não fui logo, prestemente,
Certificar-me que aí estais."
Disse; a porta escancaro, acho a noite somente,
Somente a noite, e nada mais.

Com longo olhar escruto a sombra,
Que me amedronta, que me assombra,
E sonho o que nenhum mortal há já sonhado,
Mas o silêncio amplo e calado,
Calado fica; a quietação quieta;
Só tu, palavra única e dileta,
Lenora, tu, como um suspiro escasso,
Da minha triste boca sais;
E o eco, que te ouviu, murmurou-te no espaço;
Foi isso apenas, nada mais.

Entro coa alma incendiada.
Logo depois outra pancada
Soa um pouco mais forte; eu, voltando-me a ela:
"Seguramente, há na janela
Alguma cousa que sussurra. Abramos,
Eia, fora o temor, eia, vejamos
A explicação do caso misterioso
Dessas duas pancadas tais.
Devolvamos a paz ao coração medroso,
Obra do vento e nada mais."

Abro a janela, e de repente,
Vejo tumultuosamente
Um nobre corvo entrar, digno de antigos dias.
Não despendeu em cortesias
Um minuto, um instante. Tinha o aspecto
De um lord ou de uma lady. E pronto e reto,
Movendo no ar as suas negras alas,
Acima voa dos portais,
Trepa, no alto da porta, em um busto de Palas;
Trepado fica, e nada mais.

Diante da ave feia e escura,
Naquela rígida postura,
Com o gesto severo, — o triste pensamento
Sorriu-me ali por um momento,
E eu disse: "O tu que das noturnas plagas
Vens, embora a cabeça nua tragas,
Sem topete, não és ave medrosa,
Dize os teus nomes senhoriais;
Como te chamas tu na grande noite umbrosa?"
E o corvo disse: "Nunca mais".

Vendo que o pássaro entendia
A pergunta que lhe eu fazia,
Fico atônito, embora a resposta que dera
Dificilmente lha entendera.
Na verdade, jamais homem há visto
Cousa na terra semelhante a isto:
Uma ave negra, friamente posta
Num busto, acima dos portais,
Ouvir uma pergunta e dizer em resposta
Que este é seu nome: "Nunca mais".

No entanto, o corvo solitário
Não teve outro vocabulário,
Como se essa palavra escassa que ali disse
Toda a sua alma resumisse.
Nenhuma outra proferiu, nenhuma,
Não chegou a mexer uma só pluma,
Até que eu murmurei: "Perdi outrora
Tantos amigos tão leais!
Perderei também este em regressando a aurora."
E o corvo disse: "Nunca mais!"

Estremeço. A resposta ouvida
É tão exata! é tão cabida!
"Certamente, digo eu, essa é toda a ciência
Que ele trouxe da convivência
De algum mestre infeliz e acabrunhado
Que o implacável destino há castigado
Tão tenaz, tão sem pausa, nem fadiga,
Que dos seus cantos usuais
Só lhe ficou, na amarga e última cantiga,
Esse estribilho: "Nunca mais".

Segunda vez, nesse momento,
Sorriu-me o triste pensamento;
Vou sentar-me defronte ao corvo magro e rudo;
E mergulhando no veludo
Da poltrona que eu mesmo ali trouxera
Achar procuro a lúgubre quimera,
A alma, o sentido, o pávido segredo
Daquelas sílabas fatais,
Entender o que quis dizer a ave do medo
Grasnando a frase: "Nunca mais".

Assim posto, devaneando,
Meditando, conjeturando,
Não lhe falava mais; mas, se lhe não falava,
Sentia o olhar que me abrasava.
Conjeturando fui, tranqüilo a gosto,
Com a cabeça no macio encosto
Onde os raios da lâmpada caíam,
Onde as tranças angelicais
De outra cabeça outrora ali se desparziam,
E agora não se esparzem mais.

Supus então que o ar, mais denso,
Todo se enchia de um incenso,
Obra de serafins que, pelo chão roçando
Do quarto, estavam meneando
Um ligeiro turíbulo invisível;
E eu exclamei então: "Um Deus sensível
Manda repouso à dor que te devora
Destas saudades imortais.
Eia, esquece, eia, olvida essa extinta Lenora."
E o corvo disse: "Nunca mais".

“Profeta, ou o que quer que sejas!
Ave ou demônio que negrejas!
Profeta sempre, escuta: Ou venhas tu do inferno
Onde reside o mal eterno,
Ou simplesmente náufrago escapado
Venhas do temporal que te há lançado
Nesta casa onde o Horror, o Horror profundo
Tem os seus lares triunfais,
Dize-me: existe acaso um bálsamo no mundo?"
E o corvo disse: "Nunca mais".

“Profeta, ou o que quer que sejas!
Ave ou demônio que negrejas!
Profeta sempre, escuta, atende, escuta, atende!
Por esse céu que além se estende,
Pelo Deus que ambos adoramos, fala,
Dize a esta alma se é dado inda escutá-la
No éden celeste a virgem que ela chora
Nestes retiros sepulcrais,
Essa que ora nos céus anjos chamam Lenora!”
E o corvo disse: "Nunca mais."

“Ave ou demônio que negrejas!
Profeta, ou o que quer que sejas!
Cessa, ai, cessa! clamei, levantando-me, cessa!
Regressa ao temporal, regressa
À tua noite, deixa-me comigo.
Vai-te, não fique no meu casto abrigo
Pluma que lembre essa mentira tua.
Tira-me ao peito essas fatais
Garras que abrindo vão a minha dor já crua."
E o corvo disse: "Nunca mais".

E o corvo aí fica; ei-lo trepado
No branco mármore lavrado
Da antiga Palas; ei-lo imutável, ferrenho.
Parece, ao ver-lhe o duro cenho,
Um demônio sonhando. A luz caída
Do lampião sobre a ave aborrecida
No chão espraia a triste sombra; e, fora
Daquelas linhas funerais
Que flutuam no chão, a minha alma que chora
Não sai mais, nunca, nunca mais!

Fonte:

sábado, 30 de julho de 2011

E-mail Intervention

A Google criou um site denominado E-mail Intervention, destinado a incentivar os utilizadores do Gmail a ajudarem os seus contactos a migrar para o serviço de e-mail da Google.Veja o vídeo abaixo:


Bem legal ,né?

As dez noites do Nembutsu

 
                                                               
Namuamidabutsu = Glória ao Buda Amida
Nos templos da terra pura durante dez noites do mês de outubro é repetido a frase:
Namuamidabutsu.
Em postagens futuras leremos poesias sobre essas noites.
Que são clássicos da literatura japonesa.

COPA NO BRASIL EM MEGACONSTRUÇÕES

MEGACONSTRUÇÕES T4

    Rio: Energia Para o Futuro

O Brasil está construindo o maior projeto hidrelétrico do mundo, passando por sete montanhas e incluindo duas barragens, tudo para gerar energia para manter o Rio de Janeiro aceso durante as próximas Olimpíadas e a Copa do Mundo.

Reprises:

30 JULHO - 04:00 AM

30 JULHO - 15:00

01 AGO - 13:00

Canal Discovery Brasil




Todo o dia tem alguma notícia nos jornais a respeito do dinheiro gasto para construir “coisas para copa. Olimpíadas. No entanto vendo esse documentário do programa MEGACONSTRUÇÕES, eu fiquei realmente com medo.
 O documentário começa com o apresentador falando que um dia após o Brasil ter ganhado o direito de sediar a copa, houve um apagão. E esse apagão foi o maior do mundo. E ele questiona como então o Brasil vai televisionar uma copa tendo apagões? Essa é a deixa para ele falar sobre a construção de uma nova hidrelétrica.
É comparado o fluxo de pessoas no carnaval do Rio de Janeiro, que são quatro dias com os 16 dias que serão da copa. Meio a isso mostra as gambiarras nos postes das ruas e também os equipamentos que ainda estão em uso da hidroelétrica super velhos que serão repostas por novos e modernos aparelhos.
Não bastando isso me deixou horrorizada ver como está sendo feito a muralha que vai segurar "não sei" quantos mil litros por segundos. Feito a mão com um “nozinho” nos vergalhões.
Em outras palavras a sensação que eu tive é que antes mesmo de ter problema de segurança (polícia, ladrão), transporte, capacitação da população e tudo mais que falta para receber a copa no Brasil, poderemos ficar sem água e sem energia. Por que a mudança do curso do rio para chegar a hidroelétrica realmente não me passou segurança. Além de estourar tudo e ficarmos sem água consequentemente ficamos sem luz.
Uma coisa desse programa que me deixou chateada é que eu já vi MEGACONSTRUÇÕES em vários lugares como a China por exemplo. E só no Brasil que eu vi o repórter metendo a mão na obra, clicando em explosivos. Deixa uma impressão que no Brasil é isso ai uma bagunça, qualquer um pode fazer o que quer.
Se eu não fosse brasileira e estivesse assistindo a esse programa sinceramente, pensaria dez vezes se eu iria para copa no Brasil. Até por que além da questão técnica que o programa mostra, a narração tem seus momentos de perguntas retóricas bem irônicas em relação à segurança.

Texto de RMOL

  

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Funny love


Eu te amo mais.
Não eu amo mais você!!!

Sendo que o certo gramaticalmente é amo-te e não o nosso popular "te amo".

quinta-feira, 28 de julho de 2011

As ilusões



"Quem se despojasse de todas as ilusões, ficaria nu."
(Arturo Graf)

Quando estudamos na física sobre luz, espelho e etc,  aprendemos que nós não existimos que somos apenas reflexo da luz. O poeta Arturo Graf poetisa a questão do existir.
Texto de RMOL

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Qual seu lado?



"Quem só conhece seu próprio lado do problema sabe pouco sobre ele."
(John Stuart Mill)

O magro não sabe como é irritante ter duas cadeiras e ele sentar na cadeira grande. Afinal o magro pode escolher qualquer lugar, já o obeso, não.

O heterossexual não sabe como é namorar escondido para não ter seu corpo lesionado por outros. Então falar se fosse eu assumia logo é  por que a perspectiva do heterossexual é de um mundo intocável e perfeito.


As pessoas saudáveis não sabem o como é injusto ouvir a frase “eu quero morrer”, por que tem que estudar ou outra justificativa que não justifica. Já que tantas pessoas com doenças como câncer, AIDS e outras, gostariam de viver.

O branco não sabe como é entrar em um lugar e ser olhado de lado, não ser atendido, ganhar menos atenção em lojas, recebe menos salário pela cor da pele, não ser escolhido pela cor de pele. Já o negro, o índio, eles sabem como é ser tratado de forma inferior. Entende o motivo da cota?

Os fanáticos religiosos não sabem que o fanatismo deles afasta as pessoas de Deus e da religião que ele prega.

Texto de RMOL

terça-feira, 26 de julho de 2011

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Maçonaria Revelada


Texto tirado do site:

Maçonaria Revelada
A sociedade mais secreta do mundo

Nós deciframos os acontecimentos a partir da ficção sobre os maçons, dos assassinatos não resolvidos e das teorias de conspiração.

Uma descoberta horrível aconteceu no amanhecer do dia 18 de junho de 1982 quando o "Banqueiro de Deus" - um homem de negócios italiano importante ligado ao Vaticano - foi encontrado enforcado na Ponte Blackfriars, em Londres. Inicialmente considerado um suicídio, o assassinato de Roberto Calvi provocou olhares de suspeita sobre a sociedade mais secreta do mundo: a maçonaria.

Este documentário fascinante revela como funciona essa organização cercada de mistério com apertos de mão, regras e rituais secretos, e sua potencial ligação com acontecimentos como o assassinato de Calvi. Esses rumores sobre uma conexão entre os maçons e o assassinato não representam uma novidade. Não é a primeira vez que a organização é acusada pelas teorias da conspiração. Especuladores defendem que os maçons tiveram participação em tudo, da morte do papa João Paulo I aos assassinatos de Jack, o Estripador.

Pela primeira vez, templos maçônicos espalhados pelo mundo abrem as suas portas e permitem a filmagem exclusiva das nossas câmeras. Uma loja maçônica em Halifax, Canadá, autorizou as câmeras a filmarem até um ritual maçônico sagrado, realizado em templos maçônicos desde o início do século 18. Complementado por entrevistas com maçons de destaque da América do Norte e da Grã-Bretanha, assim como com autores não-maçons e especialistas em maçonaria, o especial proporciona um acesso sem paralelo ao tema e lança uma nova luz sobre a história e as tradições da maçonaria.

Também oferece uma visão crítica do significado oculto dos símbolos maçônicos mais comuns e possíveis códigos maçônicos encontrados em lugares surpreendentes como uma igreja medieval escocesa e até na nota de um dólar norte-americano. Boatos sobre a maçonaria não faltam, mas nós ajudamos a separar os fatos reais da ficção a respeito desse enigmático grupo com 5 milhões de membros no mundo todo.



Reprise deste episódio
  1. segunda-feira 25 de julho 16:00

Fonte:

Eu assisti e realmente gostei muito. Fica a dica pra quem quiser não só saber mais sobre a maçonaria, mas também como conhecer os fatos que aconteciam no século XVII que levaram a oficializar tal organização.
Comentário de RMOL

domingo, 24 de julho de 2011

Funny


Lucky = A man who is a woman's 1st love.
Luckier = A woman who is a man's last love.

Translation / Tradução:


Sorte = Um homem que é o primeiro amor de uma mulher.
Mais sorte = Uma mulher que é o último amor um homem.

sábado, 23 de julho de 2011

Maria - Kim Ah Joong


Confira essa belíssima música coreana chamada Maria é cantada pela Kim Ah Joong. Conheci através do filme 200 pounds beauty.




JA CHIGEUM SHIJAKHAE JOGEUMSSHIK TTEUKEOP KE
U duryeowohajima
Gwelchyeo nunape jeo taeyangi kileul bichwo
U jeoldae meomchujima
Maria Ave Maria
Jeo hwin gureum kkeutddaji nara
Maria Ave Maria
Keochin pado ttawin sanggwan eopji

KI JEOKEUN IREOHKE NAE NUNIPE GWELCHEOISSEO
U jeoldae meomchujima
Maria Ave Maria
Jeo hwin kureum kkeut ttaji nara
Maria Ave Maria
Keochin pado ttahwin sang gwan eopsji
(Maria)

MEOMCHWOBEORIN SHIMJANGJEONCHEKA
Keotjapeut su eopshi ttwieowa
Maria Ave Maria
Cheo hwim kureum kkeutkkaji nara
Maria Ave Maria
Keochin pado ttahwin sang gwan eopji
Maria Ave Maria
Cheo hwim kureum kkeutkkaji nara
Maria Ave Maria
Keochin pado ttahwin sang gwan eopji